Hello, World.
Sinto que é hora de escrever um pouco sobre um muito que estou passando.
Quem acompanha o PudimCast já deve ter notado que eu, Cintia, sou a única pessoa a estar em todos os episódios e isso tem uma explicação bem simples: Sou eu que faço tudo no Pudim (fora gravar, que aí eu conto com uma equipe maravilhosa formada por amigos meus), mas da pauta à divulgação (passando pela seleção de convidados, gravação, edição, finalização, criação de artes, textos, upload e distribuição), é tudo feito por uma pessoa só. E às vezes isso cansa.
Não que não seja algo legal de fazer, mas às vezes esse tanto de coisas se juntam a um outro tanto de coisas e eu não consigo dar conta de nenhuma coisa.
Pra quem não sabe, há pouco mais de um ano eu fui diagnosticada com transtorno borderline e transtorno bipolar, mas de um tipo bem específico: ao invés de alternar entre fases de euforia e depressão, eu alterno entre fases de depressão e mais depressão. E são justamente as fases de “mais depressão” que costumam fazer o Pudim atrasar.
Quem ouve, nem imagina como às vezes me é sofrido produzir o episódio. Quando eu gravo, é tudo lindo, tudo divertido, tenho companhia, mas todas as outras etapas da produção são solitárias. Por mais que eu tenha ficado mais de um ano fazendo terapia e tomando remédios, “O Vazio” que eu sinto desde criança não sumiu, mas eu passei um bom tempo sem pensar nele.
Semana passada eu mudei não apenas de casa, ou melhor, apartamento, como mudei de cidade. Ao invés de morar em Belém, agora moro na Região Metropolitana de Belém, numa cidade chamada Ananindeua, que é vizinha, coladinha em Belém, sendo até difícil delimitar onde acaba uma e começa a outra.
A mudança foi meio conturbada e, quase 10 dias depois, ainda não consegui guardar nem metade das caixas e sacolas que eu trouxe. Mas tô praticando o desapego, o que é bem bom.
No dia da mudança, decidi que não tomaria mais nenhum remédio; já estava fazendo o desmame (diminuindo a dosagem gradualmente para não enfrentar uma crise de abstinência muito braba) e me pareceu uma boa idéia começar a minha nova vida totalmente limpa. Isso é muito errado e ninguém deveria fazer uma coisa louca dessas como eu fiz, mas eu fiz e não estou arrependida (pelo menos não ainda). Troquei os remédios por mergulhos na piscina do novo condomínio e os resultados estão sendo excelentes até o momento. Pra quem me acompanha pelas redes sociais, aviso logo que vocês vão ENJOAR de ver fotos minhas na piscina (pelo menos até eu enjoar dela).
A vida parece estar voltando aos eixos e já tenho alguns planos para os próximos meses, espero que vocês os acompanhem. Todo o carinho e apoio que tenho recebido me ajuda a lidar com todos os problemas que aparecem. Muito obrigada a todos vocês.
O plano mais urgente, dentre todos os planos urgentes, é voltar com o Pudim. E isso vai acontecer nesse domingo. Espero que vocês gostem do episódio de encerramento do arco “Nostalgia”.
Então é isso. Até lá.
Beijos!
Cintia Pudim.
Ananindeua – 25/04/19.