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Investigando o caso da Família Perron

No último episódio do Pudim Amarelo, adentramos diversas casas mal assombradas e contamos as histórias de alguns dos endereços mais famosos do mundo.  Cintia PudimIaci Gomes e Lunna Fabris discutiram sobre Amityville, Mansão Winchester, Myrtles Plantation e Stanley Hotel, além de terem contado suas próprias histórias sobre o tema.

Para ouvir o episódio, é só clicar aqui:

Mas os investigadores de plantão podem ter dado falta de um outro caso muito famoso: o caso da Família Perron, que ganhou a mídia e inspirou o 1º filme da franquia Invocação do Mal. Sendo assim, vamos pegar nossas lupas, os cadernos de investigação e adentrar mais essa casa mal assombrada…

Assim como no caso de Amityville, tudo começa quando uma família se muda para uma casa que, em pouco tempo, começa a dar sinais de que é habitada por alguma coisa desconhecida.

O início

A Família, Perron formada pelo casal Carolyn e Roger e suas cinco filhas, se mudou para uma fazenda em Rhode Island em janeiro de 1971. Além do terreno enorme, com 81 mil metros quadrados, a casa da fazenda possuía mais de 10 cômodos. Logo após se instalarem na casa, algumas pequenas coisas começam a acontecer, como vassouras que se moviam sozinhas e pilhas de poeira que se formavam no centro da cozinha.

A Família Perron logo após se mudar para a casa (1971).

As crianças começaram a falar que viam espíritos pela casa, sendo alguns deles considerados bons, com quem elas brincavam e tudo mais, e outros maus, que exibiam um comportamento agressivo. Além das crianças, Roger passou a sentir uma presença fria e fedorenta no porão. Como se isso já não fosse o suficiente, as camas começaram a levitar no quarto e o aquecimento passou a falhar sem explicação.

Nesse momento, Carolyn começou a pesquisar o histórico da casa e descobriu que ela havia pertencido à mesma família por oito gerações. Não só isso: algumas mortes misteriosas aconteceram no local. Segundo o livro de registros públicos da cidade, a propriedade foi palco de dois suicídios por enforcamento, um suicídio por veneno, o estupro e assassinato de Prudence Arnold, de onze anos, por um lavrador, dois afogamentos e a morte de quatro homens que morreram congelados.

E aqui as coisas começam a ficar estranhas. Fiz diversas pesquisas para a pauta e encontrei muitas informações conflitantes, então resolvi trazer as histórias contadas pelos próprios envolvidos no caso.

Carolyn também descobriu que, segundo o folclore local, uma mulher chamada Bathsheba Sherman estava ligada à casa. Bathsheba viveu no século 19 e era vista como uma bruxa que estava envolvida em rituais sangrentos, incluindo a morte de um bebê que estava aos seus cuidados. Apesar de ter sido absolvida da acusação, viveu sob este estigma até seu último dia.

Existe uma foto muito famosa que se acredita ser da casa em 1885 e que mostra Bathsheba Sherman (ela é a pessoa com o vestido quadriculado quase no centro da foto):

Casa da Família Perron (1885?)

Ed e Lorraine Warren são chamados à casa e, durante as investigações, Carolyn conta sobre um incidente ocorrido algum tempo antes: enquanto estava deitada no sofá, sentiu uma dor penetrante na panturrilha e, em seguida, o músculo começou a ter espasmos. Ao examiná-lo, ela notou que havia sangue mas não encontrou nada que pudesse ter causado o ferimento.

Quando Carolyn conta essa história em conjunto com a história de que Bathsheba era suspeita de matar uma criança com uma agulha de tricô, Lorraine sugere que Bathsheba Sherman poderia ter levado a agulha com ela para a vida após a morte e usou-a para machucar Carolyn na panturrilha. Daquele ponto em diante, Lorraine Warren se referiu à presença demoníaca na casa Perron como “Bathsheba”.

Com os eventos ficando cada vez mais agressivos, os Warren organizaram uma sessão espírita. Segundo Andrea, uma das filhas do casal Perron, o espírito que atacou sua mãe fez com que a cadeira em que ela estava sentada levitasse e atirou-a para o centro da sala. A cabeça de Carolyn bateu no chão, deixando-a inconsciente. O padre que estava no local ficou em um canto tremendo e completamente pálido. De alguma forma, os presentes conseguiram encerrar a sessão e os Warren foram expulsos da casa logo em seguida.

A família levou 10 anos para deixar o local, já na década de 80. Andrea, uma das filhas, escreveu 3 livros sobre suas experiências na casa e, de certa forma, esteve ligada à produção dos livros dos Warren que abordam o caso e também dos filmes. Ela alega que todos que ela conheceu que moraram na casa depois tiveram experiências bizarras. Logo após a saída da família Perron, a casa ficou fechada por um tempo até ser comprada pelos Sutcliffe. Norma Sutcliffe, que se mudou em 1983, afirmou que ela e seu marido Gerry tiveram experiências muito menos intensas, incluindo a porta batendo no hall da frente, sons de pessoas conversando em outra sala, sons de passos acompanhados de uma porta se abrindo em outra sala e a cadeira do marido vibrando no escritório. As únicas coisas que eram visíveis para eles eram uma luz azul que Norma viu atravessar o quarto e seu marido uma vez pensou ter visto uma névoa na casa. 

Mas Andrea não culpa Bathsheba pelos acontecimentos. Ela diz que os espíritos que habitam a casa estão presos à ela e, embora a maior parte fosse inofensiva, uma entidade maligna poderosa é que causa os maiores distúrbios.

Casa da Família Perron (2019)

Nos últimos anos, a casa mudou de donos algumas vezes, sendo colocada à venda pela última vez em 2021. No mesmo ano, estreou um documentário sobre a propriedade que conta com a participação de Andrea Perron: “Bathsheba: Search for Evil”. Em entrevista para a Global News, Andrea deu a seguinte declaração:

“Bathsheba: Search for Evil é literalmente o único documentário já feito sobre esse assunto. Ele não apenas vai direto ao cerne da questão sobre Bathsheba Sherman, mas também conta nossa história com integridade, honestidade e autenticidade porque está em nossas próprias palavras, nossas próprias vozes. Estávamos tão integrados no processo de fazer este documentário que se tornou uma verdadeira representação e caracterização das memórias de nossa família.”

(Andrea Perron)

Até o momento, o documentário não foi disponibilizado para o público brasileiro.


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Cintia Pudim

Blogueira | Podcaster | Cafeinólatra | Social Media