PudimCast #27 – A inteligência artificial virou mainstream
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Nos últimos meses houve um verdadeiro boom de inteligências artificiais com uma nova IA surgindo a cada semana. São IAs para criação de imagem, de texto, de vídeo, de tudo, e, de repente, parecia que não se falava em outra coisa nas mídias. Em 2018, quase 5 anos atrás, tivemos um episódio do Pudim sobre o assunto, mas com todos os avanços dos últimos meses, sentimos que chegou a hora de conversarmos novamente sobre isso. Seja bem vindo ao arco HIGH TECH, LOW LIFE!
Nesse episódio, Cintia Pudim conversa com Andre Piazza e Vinicius Seixas sobre as recentes evoluções que as inteligências artificiais sofreram e como o acesso a elas se tornou banal, transformando tarefas como criação de imagens e de códigos de programação em algo mais acessível e praticamente instantâneo.
Costurando o assunto técnico com cotidiano, os três apresentam seus pontos de vista de maneira leve e mostram que, apesar de estarem usando as ferramentas disponíveis, ainda existe muito a ser discutido sobre elas.
Coloque o fone e dê o play! Vem ouvir esse papo cabeçudo e dar teus pitacos sobre ele também!
Para se aprofundar no assunto…
IA é um campo de pesquisa que se dedica ao desenvolvimento de sistemas e programas de computador que podem executar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. A IA envolve a criação de algoritmos e modelos de aprendizado de máquina que permitem às máquinas aprenderem, compreenderem, raciocinarem, tomarem decisões e resolverem problemas de forma autônoma.
Basicamente é como ter programas de computador que vão se adaptando e, com o perdão da expressão, aprendendo a raciocinar se baseando em padrões, repetições, modelos pré-definidos, etc. Parece algo muito surreal e longe da gente, mas se formos pensar um pouquinho, o nosso corretor ortográfico e a previsibilidade de texto do celular são uma espécie de IA.
Qualquer um pode ser artista!
No final de 2022, quando já pudemos começar a dizer que a pandemia havia terminado e entramos num momento endêmico, as inteligências artificiais explodiram por aí. Tudo começou com as primeiras IAs de modelo text-to-image, ou seja, de geração de imagens através de um prompt escrito, explodindo nas redes. StabilityAI, OpenAI e Midjourney passaram a dominar o mercado, se é que já existe um, com suas ferramentas de código aberto onde qualquer pessoa que tivesse um PC da NASA poderia gerar imagens de graça. Cada uma delas tem sua própria forma de utilização, podendo ser por navegador, Discord ou através de instalação local, cabendo ao usuário escolher a que melhor lhe agrada.
Atualmente, a Dall-E, da OpenAI, está disponível para geração de imagem via Bing, sendo possível criar essas imagens gratuitamente até pelo celular. Abaixo, algumas das imagens criadas por ele com prompts simples:
Ao mesmo tempo em que essas IAs geradoras de imagem ganhavam espaço, uma outra IA da OpenAI também causava uma revolução, o ChatGPT. Dessa vez, uma revolução escrita.
ChatGPT, a revolução na escrita
Ele começou tímido na internet mas, de uma hora pra outra, dominou todos os canais, todas as redes e portais. Através do ChatGPT, com um pequeno prompt de comando, é possível gerar absolutamente qualquer tipo de texto. Mas atenção, ele só se encontra atualizado até 2021, ignorando solenemente qualquer acontecimento de lá para cá.
Através de uma rede neural de aprendizado profundo e treinado com uma quantidade absurda de informações, o ChatGPT, digamos, “aprendeu” sobre o mundo, claro, aqui estamos levando em consideração estatísticas, algoritmos e pura matemática. Ele, na verdade, é um programa de computador que não entende realmente o mundo, mas através de estatística e um método de treinamento baseado em feedback humano, consegue gerar texto como se fosse um ser humano falando, sendo possível engatar uma conversa com a IA.
Mas nem tudo são flores… O ChatGPT comete erros bestas e com a confiança de que ele está certo e nós, pobres mortais, errados. Várias foram as notícias que pintaram por aí de erros bestas, como de problemas de matemática que ele cometeu. Por mais que a “orientação” dada seja “corrija o ChatGPT porque ele gosta de aprender”, se você abrir uma nova conversa e fizer a mesma pergunta, ele vai errar de novo.
Outras polêmicas…
A conversa sobre as inteligências artificiais não vai parar por aqui, já que estamos vendo novidades surgindo todos os dias. Recentemente a Itália se tornou o primeiro país do mundo a proibir o ChatGPT e, talvez, outros países sigam esse caminho. Mesmo que ele não seja banido, urge uma regulamentação sobre seu uso e limites. No Brasil, um advogado foi multado por usá-lo para escrever uma petição.
Outro caso envolvendo IA que chamou atenção recentemente foi a de um concurso de fotografia cujo vencedor gerou a imagem em uma ferramenta de IA. Ao ser nomeado ao prêmio, ele recusou a honraria e revelou seu segredo, alertando o mundo para o fato de que não estamos prontos para identificar fotos falsas. E não podemos esquecer da imagem falsa do papa que viralizou, um dos grandes acontecimentos do jornalismo em 2023:
No fim das contas, todes queríamos que essa imagem fosse real! 😅
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Edição do episódio: Audio Heroes